Se é preciso “curar a vida com a vida”, confiava Natália Correia à amiga Helena Roseta, é igualmente necessário libertá-la das cadeias em que a mesma se encontra. Muitas vezes, ‘viver’ pode ser confundido com ‘ridicularizar’. O Encoberto, de Natália Correia, peça teatral de 1969, é um clássico exemplo de um teatro que se torna meio de evasão, ou uma forma de contornar as barreiras da opressão. Partindo da notação das páginas feitas pelo censor da obra, no relatório n° 8665, de 03 de fevereiro de 1970, pretendo refletir sobre a escolha de D. Sebastião como forma de “Desejar absurdamente o impossível”.

Quando a arte teatral se transforma em vida

Maria da Graça Gomes de Pina
2020

Abstract

Se é preciso “curar a vida com a vida”, confiava Natália Correia à amiga Helena Roseta, é igualmente necessário libertá-la das cadeias em que a mesma se encontra. Muitas vezes, ‘viver’ pode ser confundido com ‘ridicularizar’. O Encoberto, de Natália Correia, peça teatral de 1969, é um clássico exemplo de um teatro que se torna meio de evasão, ou uma forma de contornar as barreiras da opressão. Partindo da notação das páginas feitas pelo censor da obra, no relatório n° 8665, de 03 de fevereiro de 1970, pretendo refletir sobre a escolha de D. Sebastião como forma de “Desejar absurdamente o impossível”.
2020
Figurações do Literário I – Estudos Luso-Brasileiros
978-989-9015-10-4
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