Na história, a fotografia representa um importante papel em relação a possibilidade que cada sujeito possui de repensar sua própria imagem. Em particular, o ato de fotografar é objeto de reflexão, de tomada de consciência, de narração. A possibilidade de congelar instantes de tempo e de vida permitiu a construção de uma memória visual a partir da qual encontrou-se a forma de testemunhar o “ter estado presente”. Cada grupo social pode pensar a si mesmo e a construção de sua imagem vinculada a um contexto de experiência. Até poucos anos a fotografia servia mais a decoração de álbuns e paredes das casa ou para rememorar o passado. Atualmente são fontes importantes para pesquisa, cujos dados revelam aspectos do cotidiano. Tal status entende a fotografa como um documento e que a imagem retida por esse processo, conta a história dos grupos sociais. Tendo em vista o universo de testemunhos que nos informam a respeito do objeto pesquisado, essa documentação se revela de enorme valor, pois constitui registro imagético das práticas e cultura material funerária. Cabe também ao registro fotográfico ser um dos poucos (se não o único) testemunhos da manutenção, até o início do século XX, de uma série de comportamentos tradicionalmente relacionados ao evento.

A Construção Social da Identidade de Grupo por Meio da Fotografia do Rito Funerário

TESTONI, INES;ROCCA, LORENA
2011

Abstract

Na história, a fotografia representa um importante papel em relação a possibilidade que cada sujeito possui de repensar sua própria imagem. Em particular, o ato de fotografar é objeto de reflexão, de tomada de consciência, de narração. A possibilidade de congelar instantes de tempo e de vida permitiu a construção de uma memória visual a partir da qual encontrou-se a forma de testemunhar o “ter estado presente”. Cada grupo social pode pensar a si mesmo e a construção de sua imagem vinculada a um contexto de experiência. Até poucos anos a fotografia servia mais a decoração de álbuns e paredes das casa ou para rememorar o passado. Atualmente são fontes importantes para pesquisa, cujos dados revelam aspectos do cotidiano. Tal status entende a fotografa como um documento e que a imagem retida por esse processo, conta a história dos grupos sociais. Tendo em vista o universo de testemunhos que nos informam a respeito do objeto pesquisado, essa documentação se revela de enorme valor, pois constitui registro imagético das práticas e cultura material funerária. Cabe também ao registro fotográfico ser um dos poucos (se não o único) testemunhos da manutenção, até o início do século XX, de uma série de comportamentos tradicionalmente relacionados ao evento.
2011
Anais do XXVI simpósio nacional da ANPUH - Associação Nacional de História
XXVI SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA
9788598711089
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