O livro é uma viagem na prosa sá-carneiriana, à descoberta dos diversos modos como as suas personagens enfrentam e resolvem as suas inquietudes, os seus tormentos e as suas contradições, ou seja, que respostas dão à crise de serem artistas modernos, e identificar que caminhos percorrem no trilho difícil que leva à miragem do Além. Trata-se de uma luta sempre exasperada e ilusória, mas feita sempre cientemente até ao fim, com a certeza de que jamais existirão meias medidas, porque todas as vezes é necessário “arder até ao fim”, como lembra Inácio de Gouveia, personagem de Ressurreição. Com a convicção da impossibilidade, para cada um deles, de renunciar: renunciar à arte; renunciar à vida; renunciar a fazer da vida uma arte e da arte uma forma de vida; renunciar às inevitáveis e sabidas deceções da vida e da arte – magistralmente sintetizadas na imagem do “oiro falso” como manifestação eufórica da arte e constatação disfórica da realidade – através da tentativa de amar, enlouquecer, dispersar-se e morrer como únicas possibilidades de vitória do ideal sobre o real.
Mário de Sá-Carneiro e a impossibilidade de renunciar. Estudo sobre a prosa
B. Gori
2022
Abstract
O livro é uma viagem na prosa sá-carneiriana, à descoberta dos diversos modos como as suas personagens enfrentam e resolvem as suas inquietudes, os seus tormentos e as suas contradições, ou seja, que respostas dão à crise de serem artistas modernos, e identificar que caminhos percorrem no trilho difícil que leva à miragem do Além. Trata-se de uma luta sempre exasperada e ilusória, mas feita sempre cientemente até ao fim, com a certeza de que jamais existirão meias medidas, porque todas as vezes é necessário “arder até ao fim”, como lembra Inácio de Gouveia, personagem de Ressurreição. Com a convicção da impossibilidade, para cada um deles, de renunciar: renunciar à arte; renunciar à vida; renunciar a fazer da vida uma arte e da arte uma forma de vida; renunciar às inevitáveis e sabidas deceções da vida e da arte – magistralmente sintetizadas na imagem do “oiro falso” como manifestação eufórica da arte e constatação disfórica da realidade – através da tentativa de amar, enlouquecer, dispersar-se e morrer como únicas possibilidades de vitória do ideal sobre o real.File | Dimensione | Formato | |
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